Sem Título 37

Visto-me na colónia do medo

porque já nada sei ser senão medo desmembrado

com a sensação presa de me aprofundar

num remoinho golpeante

p’los vidros em derramamentos que me tocam

até aluar escarpas em lágrimas mil...

Quando será que vou poder tactear

a infância para descalço brincar?

Tenho tantos medos

quanto medos!...