No diapasão da morte
Debaixo de chuva caminho pelo cemitério
Na noite trôpega vinculada a raios e trovões,
Perambulo entre as catacumbas ao som dos violões
Que distantes tocam marchas fúnebres de estilo ébrio.
O silêncio me ensurdece as aurículas na lama esparsa
E o vento úmido empurra-me contra as grades do medo,
Sigo contrito meu destino contornando todos os becos,
Mas me sentindo perseguido por arrepios de fantasmas.
Dentro da escuridão intensa meu cérebro trabalha
E anestesio minha alma para encarar funestas batalhas
Que certamente ocorrem entre eu e o tempo...
Na tempestade sem tréguas meu corpo é fadiga,
Então cruzo ressabiado o necrotério onde mãos amigas
Velam meu cadáver com profundas preces e sentimento!