Carnaval e poesia
O carnaval sempre repete.
O mesmo cheiro de alegria.
Paetês, muitas miçangas.
E caretas divertidas.
Exibe um Pierrô solitário
em busca de sua diva.
Os blocos ousados se embolam.
Numa combinada coreografia.
Meio às pernas desajeitadas
das jovens coristas.
Tantas agruras passadas
num ano inteirinho de vida.
Agora se juntam e vibram
Ao som de um só dia.
- Saiam debaixo! gritam as alas
do delírio e alegria.
Quem manda neste evento.
É o bloco e muita energia.
Mesmo que só restem na quarta.
As cinzas das caríssimas alegorias.
Ouvindo-se o choro do palhaço.
Que ficou sem a colombina.
Mas ainda tem de novo o ano inteiro.
Para repensar outra noitada de folia.