Carnaval e poesia

O carnaval sempre repete.

O mesmo cheiro de alegria.

Paetês, muitas miçangas.

E caretas divertidas.

Exibe um Pierrô solitário

em busca de sua diva.

Os blocos ousados se embolam.

Numa combinada coreografia.

Meio às pernas desajeitadas

das jovens coristas.

Tantas agruras passadas

num ano inteirinho de vida.

Agora se juntam e vibram

Ao som de um só dia.

- Saiam debaixo! gritam as alas

do delírio e alegria.

Quem manda neste evento.

É o bloco e muita energia.

Mesmo que só restem na quarta.

As cinzas das caríssimas alegorias.

Ouvindo-se o choro do palhaço.

Que ficou sem a colombina.

Mas ainda tem de novo o ano inteiro.

Para repensar outra noitada de folia.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 22/02/2014
Reeditado em 22/02/2014
Código do texto: T4702332
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