Minha face

Acordei de madrugada

Tive em meu sono um impasse

Sonhei que perdia a amada

Era cascata a minha face.

Inundei meu travesseiro

Nada impedia que chorasse

Gritava ao mundo inteiro

Como se diante disso bastasse.

Meus olhos feitos afluentes

Desaguava sobre a cama

A gente se torna tão dependente

Quando verdadeiramente se ama.

E o amor que a gente planta

Pensa em retorno colher

Mas quando engaveta na garganta

No geral só faz sofrer.

Os olhos viram riacho

A correr sem direção

E aquele instinto de macho

Desmorona e vai ao chão.

E nessa quebra de conceito

Os dias são eternidades

O vazio é espada no peito

Falta morrer de saudade.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 22/02/2014
Código do texto: T4701649
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