na tessitura do coração
Diante do espelho
Eu vejo um rosto
E pergunto singelamente
Sou eu? Essa imagem
Destronada que me
Devolve flores de urtiga
Então acontece um espaço
Sei lá eu, se o tempo está
Junto, talvez os dois no
Mesmo maço, e nessa
Dúvida fermentada pelo
Sentir, não sou mais eu
E eu nem sei quem sou
Mas algum mar se move
Entre as pedras, e uma sombra
Dançarina me compõe e me
Descreve na tessitura do coração