o canto da vida
Eu sei das terras que pisa
Do peso que elas suportam, e
De como andou atribulada sem
O espaço que te compreendesse;
depois de tantos bosques assimilados,
das floresta que lhe tocavam a calma
aprendeu o tamanho do corpo e da
profundidade de tuas raízes, e nelas
agora, busca não a salvação, mas a
substância primeira, rígida e desacordada,
que lhe compõe a existência.
e com o teu cinzel, de ferro feito
na imensidão do braseiro,
não uma forma, mas a ilha
diante do amar revolto, do céu arqueado
de luz e ezul, e tu sente o canto da vida
que te rodeia.