Às vezes minha alegria
É menor que um poema sem asas.
Pelos versos desplumam-se os sonhos,
Ancorados em palavras perdidas.
O que voa é a dor de uma águia
A aparar as brumas dos silêncios,
A ver o mar reduzido a uma vala circular
A correr de si para si mesmo.
Minha angústia não cabe em um testamento,
Expande-se para dentro, afunilando-me.
Liberto-me dos pássaros clandestinos
Para que não voem afogados em meu niilismo.
É menor que um poema sem asas.
Pelos versos desplumam-se os sonhos,
Ancorados em palavras perdidas.
O que voa é a dor de uma águia
A aparar as brumas dos silêncios,
A ver o mar reduzido a uma vala circular
A correr de si para si mesmo.
Minha angústia não cabe em um testamento,
Expande-se para dentro, afunilando-me.
Liberto-me dos pássaros clandestinos
Para que não voem afogados em meu niilismo.