Dois Mundos
Lembra-se que contava estrelas?
Que as estrelas cadentes realizavam nossos desejos,
Que o primeiro beijo congelava o coração,
E que a saudade era uma dor boa de se sentir.
Que os planos erma sempre perfeitos,
Mas executá-los, nunca eram tão perfeitos assim,
Que nos divertiamos com os pés descalços,
Sujos de lama, banhados na chuva, era lindo.
Porque crescer nos faz parar de perceber a maiga das coisas?
A lama se torna somente uma coisa suja,
A chuva algo que o vai te fazer adoecer,
Os planos existem depois de anos de trabalho,
E o beijo já não tem o mesmo sabor.
São dois mundos,
De duas cores diferentes,
E cada um quem o vive entende,
Mas nunca o compreende de verdade.