Nana-me!
Nano-te em meu colo redondo.
Sim, nano-te cinco vezes
em meu colo quente.
Agasalho tua alma suja
de translúcida lama
extremada do Nada em que cavalgas
o dual mundo - polietro
em teus cavalos lisérgicos,
tal como Arquimedes me havia
advertido que te farias:
sólido, truncado.
Fias tuas muitas faces com linhas
lúdicas de sabores insípidos,
mas, esta, a face que quero,
não me mostras.
Deixas que eu descarte
teu cartesianismo
porque todo homem é animal tosco
e toda mulher um limbo.
Não mitifiquemos a vida,
eu e ela bem sabemos:
o mundo é mais redondo
quando, passada a nossa rudeza,
nos aninhamos em braços castos
e bocas cerejadas nos aguardam
líquidas de desejos e sonhos.
É quando nos fazemos
- eu e a vida -
amores sem contendas,
dormimos os nossos monstros
e somos apenas Serafins depenados
e já não precisamos saber mais...
Nana, vida minha,
descansa nos meus braços!
Brasília, 29.04.2007, 17H41
Nano-te em meu colo redondo.
Sim, nano-te cinco vezes
em meu colo quente.
Agasalho tua alma suja
de translúcida lama
extremada do Nada em que cavalgas
o dual mundo - polietro
em teus cavalos lisérgicos,
tal como Arquimedes me havia
advertido que te farias:
sólido, truncado.
Fias tuas muitas faces com linhas
lúdicas de sabores insípidos,
mas, esta, a face que quero,
não me mostras.
Deixas que eu descarte
teu cartesianismo
porque todo homem é animal tosco
e toda mulher um limbo.
Não mitifiquemos a vida,
eu e ela bem sabemos:
o mundo é mais redondo
quando, passada a nossa rudeza,
nos aninhamos em braços castos
e bocas cerejadas nos aguardam
líquidas de desejos e sonhos.
É quando nos fazemos
- eu e a vida -
amores sem contendas,
dormimos os nossos monstros
e somos apenas Serafins depenados
e já não precisamos saber mais...
Nana, vida minha,
descansa nos meus braços!
Brasília, 29.04.2007, 17H41