(Eu em setembro de 2011 em Juiz de Fora por ocasião de minha formatura em Pedagogia)



Clandestina
 
Clandestina é a felicidade...
Ou sou seu?
...Eu que imagino ser feliz
presa nos laços de meus sonhos
travestidos de contos de fadas...
...Eu que imagino a santidade
escondida no silêncio de mim
rezando as contas de um rosário...
...Eu que imagino a verdade
a partir de meu ponto de vista
com a vista em algum horizonte...
...Eu que amo o silêncio e a saudade
e leio romances às escondidas
fingindo ler salmos bíblicos...
...Eu que escrevo por metáforas
camufladas em minhas poesias 
e em minhas introspecções...
Ah! Se Clarice Lispector soubesse!...
Diria certamente que sou clandestina
por criar “falsas dificuldades”...
Mas somente eu sei
que minha felicidade é utópica...
Clandestina...