POEMA DOS MEUS NOVE ANOS
NA TARDE DE 16 DE FEVEREIRO DE 2014
Estrofe-fragmento, salvo nem lembro mais como nem de onde; seja como for, salvo.
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A saudade é uma megera
de tez fina e sombria.
Os tristes têm nela
a melhor companheira
amarga, solitária e fria.
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Nota: Claro, a criança deve ter escrito tez com "s" e têm sem acento. De todo modo, ainda hoje me espanta o tema e o teor da linguagem, sem contar que ela, a criança, não fala de uma tristeza particular, pessoal, como a de ter, de repente, uma boneca quebrada. Ela diz, "os tristes", fala de uma tristeza impessoal, de uma tristeza coletiva. Acho espantoso, sempre haverei de me espantar com isto.
Zuleika dos Reis, a senhora de hoje que, afinal, só fez - para sua tristeza - atualizar sempre o que quer que tenha levado a "sua" criança a escrever as palavras deste fragmento-estrofe.
Republicação em 16 de fevereiro de 2014.