NA SOMBRA DELAS

Ah como vai?

sou a serpente marinha

que derruba naus

mastros são velas

acesas que apago

nado entre ondas

ressonâncias que afago

mergulhe fundo

se assim desejar

meu mundo aberto

na profundeza

de um inferno

pode querer

nunca mais sair

se sair

será meu filho dileto

Édipo secreto

se perderá

pra voltar

a amar-me de novo

a cada dia.