Certo tempo
Numa noite fria de escuridão
De relãmpago abrasador
De chuva beijando o chão.
Via o vento dançando em roda
Acelerando o motor
Num rítmo fora de moda.
Lá se vai uma enxurrada rasteira
Procurando uma boca de lobo
Lavando as ruas da ladeira
Fico a olhar feito bobo.
Em certo tempo a chuva passa
E a blisa sopra meu rosto
A saudade chega e me abraça
Sou atingido em meu posto.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com