O Sujeito e o vácuo

Num átimo, um surto

vi as estrelas orbitarem em minha volta

e logo depois as constelações sucumbirem,

um facho de ideia iluminou,

Afinal, Aristóteles estava certo?

Eu sou o centro do universo?

Meu uno olho despertou, olhou para o vácuo criador,

Em um calafrio pungente e pujante,

tudo em mim pensou...

O que diria desta passagem no mundo?

Se fui jovem talvez.

Responderia se resposta tivesse

ainda sou jovem, eu sei

e nem minha passagem terminei,

quero sem dúvida que seja muito longa, é claro,

repleta daquilo que a vida dá,

aquilo quê que nunca completo nos faz.

Se víssemos que nesta rápida passagem,

nos doamos tanto para o tempo e pouco para o amor,

por convicções tão velhas carregadas de dor,

veríamos que somos assaz tolos e que mesmo idoso,

neste mundo oneroso somos tão jovens.

Aquela velha estrela que hoje brilha vermelha

que vira tantos planetas nascerem e

morrerem e perderem sua beleza,

Soube que até mesmo ela de vida quase eterna

já teve seu tempo de esplendor.

De ínfimos homens a homéricas estrelas

Dos ensinos de Platão à peregrinação dos cometas,

Seres e astros surgem com pretensões ímpares,

estes nascem plenos que vão brilhar,

que vigerão o fulgor de suas luzes no clímax,

atravessando veloz as trevas vazias do universo;

Aqueles ora enveredam para a luz,

ora se unem ao nada e compactuam com a escuridão.

Wédylon Rabelo
Enviado por Wédylon Rabelo em 15/02/2014
Reeditado em 12/04/2014
Código do texto: T4691713
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.