Poema sem destino

Lustro minha alma na natureza

e com os séculos ela passa rastejando

o seu destino dança nas luzes

se desfaz pelo vento e dorme

sob o antro minha alma devoluta

reflete um céu áureo e enorme!

estou só em minhas aspas da vida

nos sonhos orgânicos da terra

na liberdade das mãos entrelaçadas

nos alvéolos da vida que se encerra

Sou dos fios de chuva heterogêneos

e meu espirito vê a estrela, sem o ser

e sendo natureza, minha vida é eterna

Um eterno que não contenta

apenas passa nas assas

de um dia que venta

Amélia Queiroz
Enviado por Amélia Queiroz em 14/02/2014
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