“Ó Fulô! Ó Fulô!”

(homenageio o poeta Jorge de Lima)

Dizia a sinhá à neguinha

“Ó Fulô! Ó Fulô!”

Nos versos do poema

E a neguinha ficava sem entender

E apanhava como o quê

Depois de muito no lombo levar

A neguinha quase quis se revoltar

Mas o branco patrão

Com muito carinho lhe deu

Lapadas de mentirinha

E com isto enganou a sinhazinha

Ficando com a neguinha

Na imaginação do trovador

Que coisa alguma tem a ver

Mas sim o seu avô