espectro

O que sei de ti não vale mais que um emaranhado de caracteres propondo frases

Não tão puras nem tão espontâneas quanto rastros de animais na lama

O que sei de ti é inodoro, apenas cinema, um par de ombros, cabelo amarrado e sorriso, tudo aprisionado no universo bidimensional de uma tela

Nunca te vi pisar o orvalho do jardim nem sei se faz barulho tomando sopa

E talvez por isso mesmo, o melhor de ti em mim, é ser você pedra bruta, futuro monolito na promessa do martelo platônico dos meus desejos

leinad mahafara
Enviado por leinad mahafara em 30/04/2007
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