DORI A Paracanthurus hepatus
DORI A Paracanthurus hepatus
Queria ser a Dori,
Não ter memoria,
Apenas sobreviver,
Nadar no fluxo.
Continuar a assumir as causas...
Dos outros (é claro),
Pois as minhas,
Já não lembro.
Esbarrar num palhaço,
Mesmo ele sendo mal humorado,
Nele acreditar..
Mas isso eu já faço...
Mesmo assim continuo tento memoria,
Maldita memoria,
Queria ser Dori a “blue tang”
Ser azul perdida no mar azul,
Acreditar que sou capaz de falar frances,
Talvez o italiano pois esta no meu sangue,
O ingles o trauma me foi colocado com xicote,
Como tenho a maldita memoria não consigo tirar o trauma.
Dori, seria com “i” ou “y”?
Nem importa mais a pequena “cirurgião-patela”,
Que por falar de mais conhece demais,
Mas esquece demais tambem.
Vive só num mundo de fraçoes de segundos,
Uma benção ou uma maldição?
No esquecimento a ingenuidade de quem crê,
Crê que ainda há esperança no oceano,
Mas esquece no momento seguinte e segue...
Invejo a bela Dori com sua cor azul,
Com sua ingenuidade autentica,
Com o seu saber sem ter aprendido,
Ou se aprendeu onde foi que aprendeu?
Sinto-me Dori,
Sozinho,
Mas não por não ter memorias
Sozinho pois olho no espelho e vejo um tubarão
Bruce seria o nome dele?
O tubarão que não come peixe...
Que luta com sua natureza,
Dori, Nemo, Marlin e outros em um universo de facetas...
E perderdido nesse universo me pergunto:
“Ficarei sozinho no oceano?”
André Zanarella 03-01-2014