MURO DAS VERDADES

Tu dá voltas, e voltas, e voltas

Tu giras cegamente, e vai

Orbitando mentiras

Cegamente, mente cega

Entregue a promessas

Sobre superfícies, tu navegas

E, obstinadamente nega

Tuas voltas e revoltas

Teu perambular imaturo

Prefere chocar-se repetidamente

Contra um mesmo muro

A olhá-lo de frente

E aprender, de uma vez por todas

Que para um muro não se mente