OLHAR DO IMAGINÁRIO VERSO
Que dessa lapidar lavra a palavra
Poeta que és não mo negas a rima perfeita
Feito ourives que dessa arte diamante oferta
Cá nossos sentidos a alma clama por vida rarefeita
Picos de altaneiras imagens constrói
em versos raros na jazida escondidos
Pinça com cuidado e de todo esmero
Absconsos sonhos em memória dedicada
Poeta não negues o ofício a que tu entregastes
Seja Sísifo em busca do mais belo e nobre verso
Eis que entregues à excelsa arte que empregastes
Não fuja ao primeiro deslinde que possa a rima em transverso
Deita-te ó poeta à cama dos deuses no Olimpo de Zeus
E canta-te junto a Hermes os versos das Ninfas os mais belos
Que cá na terra nós meros mortais saibamos de cor os versos teus