Antiga

quão doce e suave

ora alegre

ora grave

era o ritmo da chuva

no telhado

e agora

por mais que a chuva caia

e que o ouvido eu apure

ouço as lembranças

as sombras

as fisionomias

os sons lentos

arrastados

dos idos impregnados nas ranhuras das paredes

do antigo sobrado