Sem Título 4

desviassem filamentos de pedras pomes ao lume

que mergulha o meu corpo violino

na devassidão das noites picantes conseguiria modelá-la

e antes disto ouvi-la transpirar estanque potência

entretanto faço parar o giro desse sol

em espiral indolente

para encher o tempo com sabor corajoso

solto-me do soluço maníaco

de um mar afrodisíaco dedal

tanto se mente a si mesmo como devora

o chilrear do aroma azul-celeste divertido

dessa alma apêndice a apêndice embalada

desculpem-me

se cravo as estrelas estrondosas à desprendida lua

sonâmbula

e a minha maciça boca tinge-se da alcova

entre o aconchegante céu de portas amordaçadas

onde potente tudo perdoo