Querubim
Quisera poder mudar o rumo do meu pensamento.
Ser dona do meu instinto,
Do meu corpo...
Ilusão invade meu âmago,
Vestindo a cor da madrugada.
Roubando meu sono!
Banhando de suor, meu corpo inerte,
Inebriando de imagens minhas e tuas.
Fazendo latejar meu peito.
Um desejo com cheiro de inceso,
Com jeito de noite orvalhada.
Um vento, vindo de longe,
Alcança-me o leito,
Transportando meu frágil corpo,
Para os mares das sensações profanas.
Á deriva, numa procela chamada sua alma.
Arremessada como as ondas,
Contra os rochedos,
Comprindo meu exercício de ir e vir, feliz!
Esfacelo meus sonhos,
Em nome de minutos de ilusão.
Em troca, de beijos calientes,
Ofertados por teus lábios.
Que conduzem, o rumo dos meus pensamentos...
Meu cego coração, transborda de certeza
Que só o teu corpo, satisfaz o desejo,
Que domina meu peito,
E me tira o sonhar.
Nas noites em que perco as rédeas do meu pensamento...
E sigo lembrando você!
Meu querubim encantado,
Meu anjo caído,
Que tem nas mãos, a mágica do toque,
E na boca o beijo do pecado,
e com ele a morte!