Quem vai salvar o mundo de você? Quem vai salvar você do mundo?

Quem vai salvar o mundo de você? Quem vai salvar você do mundo?

Já que não estás disposta a nada fazer para o mundo mudar

Dentro da sua concha, você vive totalmente isolada

Centrada no âmago do seu egoísmo egocêntrico estúpido

O mundo externo não te abala a ponto de sair do casulo

Como uma borboleta, após sua longa, demorada e sofrida metamorfose

Todos os problemas que aqui existem não lhe são reais

Já que não conseguem penetrar no teu esconderijo

Mas você também tem problemas (e muitos)

E sei que disso tens consciência

Vive reclamando dos problemas que “te dizem respeito”

Mas que não te acometem

E sua reação para com eles é sempre a mesma

A primeira lei de Newton, a inércia

Você, estúpido ser, continua sempre em repouso, inato

Com as mesmas ações corriqueiras, com a uniformidade

Até quando ignorará tudo que te cerca?

Quando perceberá que você faz parte de um sistema maior,

Do mundo? Todos somos partes, somos todos uma grande engrenagem

Que para funcionar perfeitamente, tem de estar sincronizada corretamente

O mundo é seu, o mundo é nosso

Como donos, devemos zelar pela nossa propriedade (coletiva)

E deixa-la sempre em perfeito estado

Para aqueles que nos sucederão

Mas enquanto você olhar só pro umbigo, não tirar o cabresto da face

Não enxergar a luz além da escuridão da caverna Platônica

Coisa alguma acontecerá, mesmo porque, é plenamente sabido

Uma andorinha só não faz verão – mas muitas, ah, fazem uma verdadeira revolução