NA BASE DO TOPO

Amor eterno

Inverno de alma

quando descido

Ao inferno

Buscando

O imediato

Contato

Que se afina

Com o que brilha nos olhos

O faz de conta

É um teatro

Da ilusão possessa

Confessa

O que não quer ver

N’outro ser

Sem que ele possa

Também ter

Nada igual

Mas a mesma coisa

Se fará diluidor

Dos pontos

Possíveis

Onde nasce esse amor

De manhã o homem

Era impera

Enrolada

Na árvore antiga

De tarde fora visto

Sentindo dores

Nas raízes

A noite vislumbrou

Matizes que madrugam

O que pensava ser único

Viu-se humano

Viu-se possível

Entre mãos que abraçam

Até ser possível

Tornar-se aquele outro.