Rei do terreiro
Lá no terreiro de casa
Tem um galo brigador
Com um par de esporas afiadas
Pra defender seu amor.
Quando chegam as tardezinhas
Faço do meu terreiro um auditório
As artistas são as galinhas
E os galos do território.
Jogo milho pelo chão
Eles começam a comer
É milagrosa essa ração
Fazendo o pinto crescer.
Vão engolindo cada grão
E em pouco tempo devora
Mas logo tem confusão
Ouço o tinido da espora.
São dois galos ciumentos
Disputando o rei do terreiro
Sou torcedor e fico atento
Qual deles cairá primeiro.
Eles não fogem da luta
São quatro horas de briga
Numa acirrada disputa
Sem intervalo e sem fadiga.
E já que não há vencedor
Que assim com o empate
Violência só causa dor
Intervenha faça o resgate.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com