Rei do terreiro

Lá no terreiro de casa

Tem um galo brigador

Com um par de esporas afiadas

Pra defender seu amor.

Quando chegam as tardezinhas

Faço do meu terreiro um auditório

As artistas são as galinhas

E os galos do território.

Jogo milho pelo chão

Eles começam a comer

É milagrosa essa ração

Fazendo o pinto crescer.

Vão engolindo cada grão

E em pouco tempo devora

Mas logo tem confusão

Ouço o tinido da espora.

São dois galos ciumentos

Disputando o rei do terreiro

Sou torcedor e fico atento

Qual deles cairá primeiro.

Eles não fogem da luta

São quatro horas de briga

Numa acirrada disputa

Sem intervalo e sem fadiga.

E já que não há vencedor

Que assim com o empate

Violência só causa dor

Intervenha faça o resgate.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 07/02/2014
Código do texto: T4682160
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