NA PRETENÇÃO MORAL

A paz conduzia

vida inquietante

quis dobrar esquinas

ser ultrajante

mesmo que a sina

dizia versos

floridos

possuídos

de atmosfera

conhecida

desista do conflito

entenda o mito

possuído de corpo

que outro farsante

poderia estar

vivendo teus eus

mas o que fala

mais do que sentir?

desprevenir

do perigo

sem saber

que o inimigo

é a dúvida

ante a resposta do caso

vaso enfeitado

pelo artifício do plástico

não corrói tempo

abriga espaço

definido

se torna antigo

inerte

descubra no flerte

que o fogo encantado

dito passado

que encobre

toda beleza do sexo

num desfaz

em alegorias

nunca teve nexo.