ENTREGA

Compreender o passado planejar a vida,

talvez um erro de viés, de disponibilidade

tudo pode ser aleatório ou não.

Busco respostas em mim mesma, inteira

Dou-me aos braços que se abrem

A canção perpetua minha consciência

viajo em notas sonoras, poeticamente

elas colocam-me num recinto mágico e solene.

Encostada na parede entre a música e a poesia

entrego-me a elas e lhes confidencio:

tenho a consciência simples, descobri-me!

A consciência simples de que falou o poeta.

Cumpre-se assim a tarefa majestosa e humilde

de entregar sonhos, como quem entrega pão.

Dalva Molina Mansano

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 07/02/2014
Código do texto: T4681345
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