Um amigo
Toca-me gentil
a pele em contato à tua, vem-me o arrepio
fio que nos uniu outrora
vem-me arredio
tão brincante com meus sonhos
tais tão juvenil
e com meu olhar tão bobo sempre a te olhar.
Sinto tua tez
sentes meus desejos e a minha insensatez
acho-me perdida
em teus lábios outra vez
recolho ideias
dentro desta palidez
finjo não querer-te mas bem sabes por querer.
amo-te amigo
e por vezes desejei
que fostes inimigo
pois tu desconheces
que és meu amor antigo
mesmo estando com alguém
pra ti sou só u'artigo
Souvenir que usas com palavras que conduzas.
Amigo querido
de hoje não te quero
tenho coração partido
de desilusões
está pequeno e ferido
uma murcha rosa
na lapela, tão garrido
perco-me a olhar-te, mas tu és só ... Um amigo!