PACIÊNCIA

PACIÊNCIA

Fernando Alberto Couto

Amo e muito a todos aqueles

que fazem parte do meu viver.

Todos males e defeitos deles

eu me esforço para não ver.

Mas aqui, cada um só deixa,

para tornar-me infeliz,

dos outros, alguma queixa,

entre as lamúrias que diz.

Vou guardando no meu peito,

indiferenças e muitos rancores,

mas, calado, a todos respeito

e acumulo, nesta alma, só dores.

Dores que nunca se expandem,

pois, no silêncio, eu as guardo

e num fugaz desabafo, morrem,

deixando comigo todo o fardo.

Amigos e familiares encontram,

em meus ouvidos, uma solução,

mas, eles nunca sequer lembram

que também tenho um coração.

RJ – 01/02/14

Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 06/02/2014
Código do texto: T4680440
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