CONTEMPLAÇÃO

(Sócrates Di Lima)

Ainda, que me faça a vida contemplar,

Ainda, quem me façam seus olhos ao longe,

Com saudade me olharem...

Ainda, que na dor que meu peito sinta,

Pelo vazio deixado em teu silenciar,

Eu possa dizer do amor que me fiz brotar,

E hoje no teu silêncio,

Fico a pensar!

De onde vieste,

Para onde vais...!

Contemplo o dia que se levanta,

Contemplo esta saudade que me cerceia,

Contemplo o Sol que me rodeia,

E o Eu pensante como o mar na areia...

Ainda, que o sorriso me falte,

Ainda, que um olhar brilhante me sobressalte,

Eu possa olhar para dentro de mim,

E compreender o destino,

Compreender as razões de uma mulher,

Compreender as incertezas do seu coração,

Seus temores...

Suas angustias,

Suas dores...

Ainda, que o amor não morra,

E a saudade sempre o socorra,

Eu me visto dela e deixo meu coração em paz,

Porque nele jaz,

O amor que tu deixaste para traz,

E nesta "coisa" nostálgica que me invade...

Contemplo este amor,

como te contemplo,

no templo,

Da minha imortal saudade.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 06/02/2014
Código do texto: T4680277
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