SERRA PELADA

Antonieta Lopes

Serra Pelada! de ouro revestida,

Dentro e fora, um conto és de fada.

Sonho que sonha a plebe sem saída

De uma sorte fazia e frustrada.

Cavam-te e sugam, numa investida

E não te sentes frágil, esgotada,

Do seio de outro brota enriquecida

A mensagem de amor da pátria amada.

Arrancaram de ti maior pepita

Que o mundo admirou..., desse metal

Que o progresso de todos facilita

Eu creio que faz bem e nunca mal,

O tal ouro tão puro que palpita

Como sangue na artéria nacional.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 06/02/2014
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