SERRA PELADA
Antonieta Lopes
Serra Pelada! de ouro revestida,
Dentro e fora, um conto és de fada.
Sonho que sonha a plebe sem saída
De uma sorte fazia e frustrada.
Cavam-te e sugam, numa investida
E não te sentes frágil, esgotada,
Do seio de outro brota enriquecida
A mensagem de amor da pátria amada.
Arrancaram de ti maior pepita
Que o mundo admirou..., desse metal
Que o progresso de todos facilita
Eu creio que faz bem e nunca mal,
O tal ouro tão puro que palpita
Como sangue na artéria nacional.