MORMAÇO DE SATRE
Ela finge que chora
pela janela
escreve seu nome
suado
embaçado
vidro que separa
fascínio pela escada
que leva-a
fora disso
flores invadem
qualquer território
ante suas raízes
podem ficar pela
beleza
mortas na certeza
vitimada do que
as fixa
qualquer semente plantada
tem saudade do fruto
luto diluído
em outro sentido
animado
alma incoerente
devolve
sem saber
o que brota não tem carne
invade casa
que o lar sumiu
por conta do ente.