AO OLHAR
E quando estiveres por aí
nas madrugadas frias
de lua, sombrias, minguadas
ao relento, aguadas
mil histórias apagadas
escrevendo-me estarei
olhando-me a mim
como a primeira vez
em que me olhaste
Se de noites em noites
pareço-te esquecida
ainda assim, desfolharei
o silêncio
ao quedar da noite
Sob luares, deslizar olhares
às margens de mim...