Dor
Não tens desejo de se esconder.
não se espera,logo apareces.
Trazes sempre o mesmo semblante.
E nos lábios a valorosa prece!
Não cantas, jamais,
falas apenas pequenos
ou grandes, ais...
sem rimas ou compassos
apenas lamentos, no ser terreno
impregnado de lamúrias
que não são banais!
Corres no mundo
como salteador, vil.
Não tens raça ou cor,
sequer desejas saber
se é rico ou pobre,
ou simplesmente
um coração servil.
Teu lugar é longe do céu
Às portas do inferno te abrigas.
Torturas e derramas lágrimas.
Só te retiras quando o grito latente
da dor angustiante, gemendo,
clama, assim de repente:
...Deus!....
E com alma agora alegre,
da dor pungente liberta,
bem alto brada, e O bendiga.
A felicidade agora,em ti aporta!
alegre desfrute das primícias
livrar-se da dor, é tudo que importa!