CORRIDA DE S. SILVESTRE

Antonieta Lopes

Dezembro, trinta e um, a S. Silvestre

Em S. Paulo realiza-se há nos,

Buscando alguém que pra correr adestre

Quem queira suplantar os quenianos.

Peleja universal, via terrestre,

Promove alegrias, jamais danos,

Pois cada corredor se torna um mestre

Que nos deixa discípulos ufanos.

Pernas longas e pretas, brancas, pardas,

Os tênis coloridos e modernos,

Imitações de rostos, quepes, fardas.

Não lembra a frieza dos invernos,

Por esquis sobre a neve, horas tardas

Mas o fulgor do sol, prados eternos.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 04/02/2014
Código do texto: T4677547
Classificação de conteúdo: seguro