CORRIDA DE S. SILVESTRE
Antonieta Lopes
Dezembro, trinta e um, a S. Silvestre
Em S. Paulo realiza-se há nos,
Buscando alguém que pra correr adestre
Quem queira suplantar os quenianos.
Peleja universal, via terrestre,
Promove alegrias, jamais danos,
Pois cada corredor se torna um mestre
Que nos deixa discípulos ufanos.
Pernas longas e pretas, brancas, pardas,
Os tênis coloridos e modernos,
Imitações de rostos, quepes, fardas.
Não lembra a frieza dos invernos,
Por esquis sobre a neve, horas tardas
Mas o fulgor do sol, prados eternos.