TRANSE ABRUPTA
Enquanto o gato
arranhava
a tenra fissura
pra ver o
que lhe importa
disposta se abre
como gata
mordendo lábios
sendentos
do que também
ele queria
rosnando enfatiza
a doce vida
morrerá em meus braços
d'uma mordida
que um pedaço meu
será levado ao seu
sacerdotiza
impera sangue
da vitima
pra beber cálices
adornados
em folhas de louro
querendo tal ouro
guardado
na crípta destes vampiros
felinos
que se dobram
buscando
alimentar possuindo
o outro
criando feridas
tatuadas
insígnias imagens
das vítimas
devoradas selvagens
na devoção
da vontade tecida
pela aranha
de quantas vezes
posso deixar pra depois
neste agora.