UMA CANÇÃO DE AMOR PARA ALCATRAZ

Um punhado de palavras que não anda

nem para lá, nem para cá

rasga ventos, invade becos,varandas

engole tudo com seu asfalto letal

Enquanto ficamos catatônicos,inertes

em estado de consciência lobotômica

os lobos eclodem dos hidrantes

espalhados pelas esquinas das velhas cidades. Basta!

Os ratos me esquecerão, sobejarão vaias

mas a porta principal será fechada

meu passaporte para o céu será rasgado

só lamento entortar a escada

que me levaria a tomar um chopp com Noel.

Iris Rago
Enviado por Iris Rago em 03/02/2014
Reeditado em 03/02/2014
Código do texto: T4676967
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