NOITE ENLUARADA

Eu ainda era jovem, muito jovem, quase adolescente,

Saí andando quase sem destino, pela clara rua,

Pensava no meu futuro, desejava ser uma pessoa decente,

Naquela noite enluarada, era muito bela a própria lua,

Não havia ainda energia elétrica, naquela localidade,

Toda a luz que brilhava intensamente na praça,

Era proveniente da lua, que as árvores moldava com intensidade,

Foi quando apareceu a encantadora mulher, e me ofereceu uma taça,

Tanta era a sua beleza, que cheguei a compara-la a lua,

Sem pensar duas vezes, aceitei o que me oferecia, a taça,

Convidou-me para um brinde, encostei minha taça na sua,

Escutei o barulho do nosso brinde, e fiquei meio sem graça,

A que brindamos, lhe perguntei, sorrindo ela me respondeu,

Ao nosso namoro que hoje começa,

Depois brindaremos o nosso casamento, você e eu,

O qual celebramos dois anos depois, na igreja da graça,

Foi assim que descobri o futuro que naquela hora eu pensava,

Formamos uma família, e somos felizes há quarenta e quatro anos,

Nossos três filhos, hoje são formados, uma conquista que faltava,

Para premiar aquela noite enluarada, que iniciaram nossos planos.