O Homem Contemporrâneo.
Não havia miragem, era verdade,
O corpo nu que implorava o perdão da alma.
Depois que se perde a fé nos homens,
E o pecado que consome ferrozmente,
Não vê-se mais o brilho puro nos olhos.
Nem lembra-se mais o corpo escarnecido,
Do que dizia o livro,
Naquele versículo tão falado.
Na mente impecável do grande sábio,
Já esta se desfigurando a face do homem pregado na cruz,
Os verbos hoje são outros,
Os bebes e a carne já não fazem sentido.
Hoje idolatramos outros idolos,
Que nascem e morrem a todo instante
Como taças frágeis.
Hoje não há finais felizes,
Pois os mocinhos viraram vilões,
Os pais não abençoam os filhos,
Os filhos almadiçoam os pais.
Cultos são os que fazem milhões
Em cima das catatrosferas e tristezas humanas,
Roubaram nossas virtudes,
Esqueceram como se sonha.
O dinheiro sujo que constroem impérios,
São os mesmos que roubam as almas dos pobres,
Nem todos tem condições de comprar seu lugar ao céu,
Então escarnecerão na terra aos montes.
Um dia um homem bom morreu por nossos pecados,
E o que fizemos?
Esquecemos tudo que nos foi orfetado,
Mudamos de canal
E escolhemos outros inoscentes para condenar-mos.