O KARMA CAMALEOA
Peruca alinhada
pois cabelo
curto desenha
seu rosto sofrido
não amado
nem vivo
a noite anima
outra mulher
quer fêmea a libido
sem freios
nem ditos populares
revistos
de outrora benditos
pintaram rua
de cor sem vida
tapete de altar
despida
vai poluir
estes cartazes
desiludidos
colante cor da pele
parecendo vivo
unhas postiças
jaqueta lilás sem rima
descubra-me
é o que convida
destrua essa alma
vestida
transando com a lua
pois sob o sol
sou um inverno
batizado
em águas impuras.