TU FOSTE
Tu foste a brisa que passou ligeira
Soprando o meu rosto bem devagar,
Na candura de uma tarde fagueira
Esperando os raios de prata ao luar.
Tu foste a esperança de porte selvagem
Sorrindo pra mim as mãos a abanar,
Trazia nos olhos o embelezar da imagem
No sorriso encantado quase a desmanchar.
Tu foste o vulto inspirador do amor,
Tal qual o desenho de um baralho cigano,
Tentando tirar do meu peito essa dor
Mostra-me as cartas com a frase “Te amo”.
DIONÉA FRAGOSO