TU FOSTE

Tu foste a brisa que passou ligeira

Soprando o meu rosto bem devagar,

Na candura de uma tarde fagueira

Esperando os raios de prata ao luar.

Tu foste a esperança de porte selvagem

Sorrindo pra mim as mãos a abanar,

Trazia nos olhos o embelezar da imagem

No sorriso encantado quase a desmanchar.

Tu foste o vulto inspirador do amor,

Tal qual o desenho de um baralho cigano,

Tentando tirar do meu peito essa dor

Mostra-me as cartas com a frase “Te amo”.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 02/02/2014
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