HIBERNA VIDAS

Chove enterro

ressentido

amargura das criaturas

sem nome

entre a vontade

refreada

pela entrada permitida

porque quem

nunca entendeu

que criou muros

sem dizer

qual segredo

esclarece medos

o que parece ser cedo

já tardou

chorando

o que parece chuva

são anos

vivendo

do lado de fora

o que aparece agora

são turvas úmidas

vezes de um agora

vivendo aquela tarde

entre uma noite

terminada por um não.