Ouvindo Cauby

Instinto extinto...

Quatro ou cinco vícios arraigados...

O gosto amargo do pecado...

Algumas cicatrizes...

Visão já baça...

Dia sem caça, vida sem sabor...

O sol sem cor, a flor sem perfume...

Um vago lume e a sua sombra a desaparecer na bruma...

Esperança, ainda, uma...

E sonho ainda, fumegando à cinza,

Dos dias idos, céus carpidos...

Ainda um suspiro, movimento ao cílio...

Alguma festa ao estribilho,

Da canção do Cauby...

O que sei, o que vi e ouvi;

Nada mais importam...

Absorta, trago este resto de vida, que aprendi a amar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 01/02/2014
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