Do Veneno E Da Pluma
Enquanto rasteja esse querer
como se fosse faminta serpente
que não morre do veneno que sente
ainda que viva a se morder
voa o livre pássaro silente
que não necessita nada dizer
porque sua liberdade de ser
é de uma beleza eloquente.
No covil que o peito quer manter
a venenosa dor é estridente
porém, no ninho, dói suavemente
feito pluma que não sabe doer
de um amor que não precisa ter
pois é dono de si mesmo somente.
31-01-2014