Do Veneno E Da Pluma

Enquanto rasteja esse querer

como se fosse faminta serpente

que não morre do veneno que sente

ainda que viva a se morder

voa o livre pássaro silente

que não necessita nada dizer

porque sua liberdade de ser

é de uma beleza eloquente.

No covil que o peito quer manter

a venenosa dor é estridente

porém, no ninho, dói suavemente

feito pluma que não sabe doer

de um amor que não precisa ter

pois é dono de si mesmo somente.

31-01-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 01/02/2014
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T4673400
Classificação de conteúdo: seguro