__ Gueixa __
Passei a noite a rolar... —
Desmedido de desejos...
Sinto falta dos teus beijos,
Em teus braços me enrolar.
Ao lembrar do teu olhar...
Vejo a luz na imensidade;
Quase morro de saudade,
No aljofar de maresia...,
Choro triste em demasia,
Já não posso controlar!
A vagar nos teus encantos,
Vendo o céu azul-marinho...
Repouso em teus belos cantos,
Como um leve passarinho.
Na floresta onde passeio,
Deslumbrado em devaneio...
Vou ‘screvendo u’a poesia,
Suspirando as belas flores...
Revelando os meus amores,
Numa eterrrrrrrna Fantasia!
Nunca fiz versos pro inverno,
Mas já fiz pra primavera;
Era u’a linda estratosfera,
Quando via o lado interno...
Suplicava ao Sol, fraterno,
A levar-me pra euforia...
Quando a gueixa se exibia,
Devorava meus amores...
Debruçava sobre as flores,
Num desnudo beijo eterno.
Já deixava em sua madeixa...,
Os mais doces versos d’alma;
— Saíam de minhas palmas,
Quando amava a bela gueixa.
Degustava aquela ameixa...
Qu’é tão doce como mel!...
Cresce o brilho do androceu,
Nos segredos da donzela...
Quando passa a passarela...,
Belos cantos — ela deixa!
Pacco