ANSIEDADE
ANSIEDADE
É quase noite, esse dia
E não se vai a agonia da notícia que não vem
Os sinos que ora soam
não dizem notícia boa, nem ruim
E a Lua que se aproxima, tímida ilumina
um espaço em ruína, um sobrado de ninguém
Parece uma pintura, um quadro de pintor nobre
daqueles que pintam mais do que se vê
Que sabem da alma das coisas
e gravam com suas cores, algo que está além
E as horas se sucedem numa sequência infinda
Não tive notícia ainda, mas sei que ela vem
Que seja notícia boa e que me faça rir à toa
desse tempo de ninguém!