"A PALAVRA É DE PRATA, O SILÊNCIO É DE OURO"

Antonieta Lopes

No silêncio entendo o infinito,

Posso admirar o sol, lua e estrelas,

Se demoro a olhá-las me permito

E tenho condições para entendê-las.

Voltando à terra, livre desço pelas

Encostas verdejantes, no granito

Em cataratas caio, pra contê-las

Da gravidade a força solicito.

O silêncio tão alto fala que

Suplanta a voz dos ventos e o estrondo

Dos trovões que se escuta e não se vê,

No silêncio diário me escondo,

Pra perscrutar somente o porquê

Do meu planeta móbil e redondo.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 31/01/2014
Código do texto: T4672172
Classificação de conteúdo: seguro