"A PALAVRA É DE PRATA, O SILÊNCIO É DE OURO"
Antonieta Lopes
No silêncio entendo o infinito,
Posso admirar o sol, lua e estrelas,
Se demoro a olhá-las me permito
E tenho condições para entendê-las.
Voltando à terra, livre desço pelas
Encostas verdejantes, no granito
Em cataratas caio, pra contê-las
Da gravidade a força solicito.
O silêncio tão alto fala que
Suplanta a voz dos ventos e o estrondo
Dos trovões que se escuta e não se vê,
No silêncio diário me escondo,
Pra perscrutar somente o porquê
Do meu planeta móbil e redondo.