MÊS DE AGOSTO
Antonieta Lopes
Agosto – dizem uns, mês de desgosto,
Superstição será? Dos ancestrais,
Sei que nenhum estigma foi imposto
Aos homens a aos seres ambientais.
Ninguém escrito traz no próprio rosto
Traços da desventura dos seus pais,
Nem pode um desastre pressuposto.
Ser por cartas, videntes ou anormais.
Eu mesma chego até a acreditar,
Quando tropeço, caio, adoeço,
Más notícias recebo de alem-mar.
Da fé nós temos todos o endereço
De um Deus, que é Pai, não para de velar
Pelos filhos, a Quem louvo e agradeço.