GNOSE NA ILHA

Meia noite

rua de pernoite

num lugar vazio

decidiu transar

com espíritos

presente secreto

em sua mente

escritos

ela espera

sem saber

qual poder

dou a minha história?

memória de um casto

vidente que via

ela entrar na tumba

trazer doses de tempo

perpétuo pra bailar

ante o sereno

fazendo cerimômias

entregando-se

anônima

quer um lar

pra essa coisa

que discrima

deixa pasmado

até fascina

quem lá fora

vê o que não sente

derrepente isola

pra compor um agora

que vinha trazendo

vinho derramado

sobre copos

entre copos

porta-velas

brilhando

anjos moldados

paisagem de um trágico

descobre-se mágicos

temperados

de fantasia

destina olhos

fronte cingida

entregando alguém

pro céu

padeceu

como que dormisse

abraçada

em seu culto.